A Apple perde a marca 'iPhone' para uma empresa de artigos de couro da China

O tribunal chinês decidiu contra a Apple num caso acerca do uso da marca "iPhone" alegando que a empresa californiana não conseguiu provar que o termo era "familiar e super conhecido para o público", no momento do registo. A marca "iPhone" foi registada por uma empresa chinesa, nomeadamente a Xintong Tiandi Technology Co., em 2007, mesmo ano que o "iPhone" foi lançado, embora não estivesse disponível na China até 2009. Esta companhia chinesa, é uma companhia que fabrica e comercializa produtos em couro, tais como, capas de telemóvel, bolsas, malas e carteiras.

O Supremo Tribunal Popular Municipal de Pequim deliberou que a Apple não poderia provar que "iPhone" tinha alcançado um status de marca de prestígio na China, antes do pedido do Xintong Tiandi (Setembro de 2007), especialmente tendo em conta que o iPhone entrou no mercado chinês em 2009, enquanto o produto foi anunciado nos Estados Unidos em Junho de 2007.  Apple vai continuar litigação com um recurso perante o Supremo Tribunal da China.

A decisão do tribunal é apresentada como mais um golpe para assuntos de negócios da Apple na China, visto que o país é o segundo maior mercado da empresa atrás dos Estados Unidos da América e apresenta-se como uma das fontes para o seu crescimento futuro. A decisão também veio numa fase complicada para a Apple, que está a passar por dificuldades devido a uma queda de 26% nas suas vendas, o que provocou a primeira queda trimestral desde 2003. Esta situação aconteceu quando o investidor bilionário Carl Icahn, vendeu todas as suas ações da companhia citando "o risco da influência chinesa sobre a mercadoria" e "preocupações regulamentares".

No passado, a Apple teve extensos problemas relacionados com a violação da marca registada e falsificação na China, e continua a lutar com esses problemas até hoje. Ela compete com um mercado paralelo sempre crescente que vende falsificações não autorizadas dos seus produtos eletrónicos como o iPhone, iPod e iPad. Recentemente, as entidades reguladoras chinesas também bloquearam serviços de Entretenimento Móvel da Apple que oferecem serviços tais como livros online e filmes.

Os direitos de propriedade intelectual entre os países ocidentais e a China continuam a apresentar-se como relações profundamente tensas devido à extensa contrafação e regulamentação do governo.


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